Unidade Currícular: Língua Portuguesa e tecnologias
de informação e comunicação
Docente: Tiago Falcoeiras
Realizado por: Ana Batista e Rafaela Martins
As tecnologias de informação e comunicação
surgem com a evolução da sociedade e das tecnologias. Desde o século XIX que as
escolas são consideradas “linhas de montagem”, conceito que surgiu dos princípios da “gestão científica” de Frederick Taylor, no qual as escolas foram
comparadas com fábricas. No entanto, este conceito permanece nas escolas de
hoje em dia, o que dificulta a entrada dos media
no sistema educativo.
“As escolas tradicionais estão mal
equipadas para fazer face a este desafio.A mudança da massificação das escolas
para a individualização da escolha livre, nomeadamente através das redes de
dados, tenderá a equacionar o papel das escolas.” (Figueiredo, 2000)
Segundo (Fidalgo, 2009) existe uma necessidade de
consciencializar que o aumento de fontes de conhecimento e recursos de
aprendizagem, requer um processo de democratização de acesso às novas
tecnologias, ou seja, a aquisição das competências que permitam a utilização
das mesmas eficazmente e por consequente auxiliar no processo de aprendizagem
que perdura ao longo da vida e não só em sala de aula.
As TIC funcionam como meios de
ensino e de aprendizagem eficazes, ou seja, possibilitam aos alunos novas
experiências e um processo de auto-educação, estimulando-os de uma maneira
diferente da escola tradicional. De acordo com (Fidalgo, 2009) a utilização destas proporciona
consequentemente uma maior variedade de estratégias de leccionação e permite aos
alunos construir o seu próprio trajecto de aprendizagem ( auto-aprendizagem) e
posteriormente tornarem-se adultos mais capacitados para a sociedade, em constante
evolução a nível tecnológico. Portanto
as TIC surgem como recurso complementar, no sentido de motivar os alunos e
proporcionar-lhes novas experiências ao nível da educação e não como substituição
da escola/ professor. Segundo o Ministério da Educação, permitem uma relação
mais próxima do utilizador com o conhecimento.
Em termos de aprendizagem,
proporcionam aos alunos evoluir a nível de conhecimentos, progredir e desenvolver
competências de participação individual, porém apesar de ser uma mais valia
para o progresso e para o percurso do aluno, estas não são sinónimo de sucesso
escolar.
O professor tem um papel muito
importante na integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem, isto
porque tem o papel de as inserir e utilizar pedagogicamente em contexto de sala
de aula, mas “ a utilização das novas tecnologias não faz bons professores,
também a sua não utilização não faz deles maus professores.” (Paz, 2008)
Posto isto, a integração das TIC no
processo ensino aprendizagem é uma necessidade tendo em conta que estas
possibilitam e proporcionam uma maior envolvência dos discentes, no qual o
aluno é o co-produtor do processo de ensino. Esta integração tem de ser
iniciada precocemente, de modo a possibilitar o acompanhamento da evolução
tecnológica da sociedade, isto porque se esta não ocorre poderá tornar-se um
obstáculo no dia a dia dos alunos e dos professores.
As gerações mais recentes são
consideradas nativos digitais, utilizando as novas tecnologias “ (...) seja
social, seja lúdico, seja mesmo de formação” (Paz, 2008) .
Portanto ao inseri-las no processo de ensino-aprendizagem irão surgir dimensões
educacionais variadas e uma maior motivação por parte dos alunos, todavia “
falar” de novas tecnologias não é só fazer referência ao computador pessoal,
telemóvel, etc, é também referir as suas virtudes educativas e como é possível a ligação entre a aprendizagem e o lúdico, referir ainda as aplicações informáticas
com possibilidade de utilizar com fins educativos ( como por exemplo o Moodle).
Em suma, todas as funcionalidades das
TIC e mesmo as suas vantagens e desvantagens proporcionam o enriquecimento do
sistema educativo, ou melhor “permitem o alargamento do espaço e tempo de
aprendizagem para além da tradicional da sala de aula” (Paz, 2008) .
Concluindo, esta integração apenas
funciona se o professor se assumir como mediador e não só como transmissor de
conhecimentos, para tal tem de adquirir novas competências e conhecimentos de
modo a conceder aos alunos novas metodologias, estratégias e materiais didáticos.
No fundo compete ao professor assumir um novo papel dentro da sala de aula e
por consequente novas formas de se relacionar com o grupo-turma.
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