segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem: uma opção ou necessidade?

Atividade 1 - A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem: uma opção ou necessidade?




Unidade Currícular: Língua Portuguesa e tecnologias de informação e comunicação

Docente: Tiago Falcoeiras

Realizado por: Ana Batista e Rafaela Martins

As tecnologias de informação e comunicação surgem com a evolução da sociedade e das tecnologias. Desde o século XIX que as escolas são consideradas “linhas de montagem”, conceito que surgiu dos princípios da “gestão científica” de Frederick Taylor, no qual as escolas foram comparadas com fábricas. No entanto, este conceito permanece nas escolas de hoje em dia, o que dificulta a entrada dos media no sistema educativo.

As escolas tradicionais estão mal equipadas para fazer face a este desafio.A mudança da massificação das escolas para a individualização da escolha livre, nomeadamente através das redes de dados, tenderá a equacionar o papel das escolas.” (Figueiredo, 2000)

Segundo (Fidalgo, 2009) existe uma necessidade de consciencializar que o aumento de fontes de conhecimento e recursos de aprendizagem, requer um processo de democratização de acesso às novas tecnologias, ou seja, a aquisição das competências que permitam a utilização das mesmas eficazmente e por consequente auxiliar no processo de aprendizagem que perdura ao longo da vida e não só em sala de aula.      

As TIC funcionam como meios de ensino e de aprendizagem eficazes, ou seja, possibilitam aos alunos novas experiências e um processo de auto-educação, estimulando-os de uma maneira diferente da escola tradicional. De acordo com (Fidalgo, 2009) a utilização destas proporciona consequentemente uma maior variedade de estratégias de leccionação e permite aos alunos construir o seu próprio trajecto de aprendizagem ( auto-aprendizagem) e posteriormente tornarem-se adultos mais capacitados para a sociedade, em constante evolução a nível tecnológico.  Portanto as TIC surgem como recurso complementar, no sentido de motivar os alunos e proporcionar-lhes novas experiências ao nível da educação e não como substituição da escola/ professor. Segundo o Ministério da Educação, permitem uma relação mais próxima do utilizador com o conhecimento.

Em termos de aprendizagem, proporcionam aos alunos evoluir a nível de conhecimentos, progredir e desenvolver competências de participação individual, porém apesar de ser uma mais valia para o progresso e para o percurso do aluno, estas não são sinónimo de sucesso escolar.

O professor tem um papel muito importante na integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem, isto porque tem o papel de as inserir e utilizar pedagogicamente em contexto de sala de aula, mas “ a utilização das novas tecnologias não faz bons professores, também a sua não utilização não faz deles maus professores.” (Paz, 2008)  

Posto isto, a integração das TIC no processo ensino aprendizagem é uma necessidade tendo em conta que estas possibilitam e proporcionam uma maior envolvência dos discentes, no qual o aluno é o co-produtor do processo de ensino. Esta integração tem de ser iniciada precocemente, de modo a possibilitar o acompanhamento da evolução tecnológica da sociedade, isto porque se esta não ocorre poderá tornar-se um obstáculo no dia a dia dos alunos e dos professores.

As gerações mais recentes são consideradas nativos digitais, utilizando as novas tecnologias “ (...) seja social, seja lúdico, seja mesmo de formação” (Paz, 2008). Portanto ao inseri-las no processo de ensino-aprendizagem irão surgir dimensões educacionais variadas e uma maior motivação por parte dos alunos, todavia “ falar” de novas tecnologias não é só fazer referência ao computador pessoal, telemóvel, etc, é também referir as suas virtudes educativas e como é possível a ligação entre a aprendizagem e o lúdico, referir ainda as aplicações informáticas com possibilidade de utilizar com fins educativos ( como por exemplo o Moodle).

Em suma, todas as funcionalidades das TIC e mesmo as suas vantagens e desvantagens proporcionam o enriquecimento do sistema educativo, ou melhor “permitem o alargamento do espaço e tempo de aprendizagem para além da tradicional da sala de aula” (Paz, 2008).

Concluindo, esta integração apenas funciona se o professor se assumir como mediador e não só como transmissor de conhecimentos, para tal tem de adquirir novas competências e conhecimentos de modo a conceder aos alunos novas metodologias, estratégias e materiais didáticos. No fundo compete ao professor assumir um novo papel dentro da sala de aula e por consequente novas formas de se relacionar com o grupo-turma.
   

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